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A 2ª edição da revista Interesse Nacional estará nas livrarias até o inicio da segunda semana de Julho. Nesta edição, a revista traz artigos do ministro Nelson Jobim e do almirante Mario César Flores, ministro da Marinha no governo do ex-presidente Itamar Franco; o sociólogo Demétrio Magnoli, membro do conselho da revista e colunista de O Estado de São Paulo e O Globo; o embaixador Sergio Abreu e Lima Florêncio, embaixador do Brasil em Genebra; Eduardo Viola, professor titular de Relações Internacionais da UNB; David Zilberstejn, ex-diretor geral da ANP; Hélder Queiroz Pinto Jr., professor do Instituto de Economia da UFRJ; Glauco Arbix, ex-presidente do IPEA e atual coordenador-geral do Observatório de Inovação e Competitividade do Instituto de Estudos Avançados da USP; e do filósofo Renato Janine Ribeiro.

                                                                                      Os Editores

Chega ao mercado editorial brasileiro uma publicação inédita com textos de economistas, diplomatas, sociólogos, políticos, jornalistas e especialistas em temas como meio ambiente, economia, política social, política industrial e inovação, educação, segurança pública, tráfico de drogas e de armas, cultura da transgressão e política externa

A revista Interesse Nacional, que tem em seu conselho editorial 25 membros, foi lançada em São Paulo, no dia 16 de abril, num seminário sobre a Globalização e o Interesse Nacional do Brasil: uma agenda para o futuro, no Instituto Norberto Bobbio. A revista também será apresentada em Belo Horizonte, no dia 8 de maio, com debate no Banco de Desenvolvimento do Estado de Minas Gerais e Brasilia, no dia 14 de maio.

Interesse Nacional, com periodicidade trimestral (quatro números ao ano), defende uma orientação editorial diversificada, como convém a um país complexo e multifacetado como o Brasil. Seu objetivo é o de acolher as múltiplas visões que possuem sobre os destinos do País os diferentes grupos sociais e os vários interesses regionais. Em lugar de se bater pela convergência de opiniões, ela pretende, justamente, Continuar Lendo »

por Nelson Jobim

Assistimos a uma reconfiguração dos paradigmas políticos e econômicos que ditaram as relações políticas durante grande parte do século XX. Nesse contexto, o Brasil consolida sua posição no mundo, lastreada na estabilidade política e econômica conquistada na história recente. As atuais circunstâncias, bem como as políticas adotadas para aproveitá-las, permitiram ao país maior projeção internacional.                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                            

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por Mario Cesar Flores

 

O Brasil é atento às questões humanitárias e ambientais e tem interesses econômicos globais, mas no tocante à defesa é razoável que suas preocupações priorizem realisticamente seu território, a América do Sul – admitida a extensão conjuntural, em função do assunto, à América Central e Caribe, como admitiu no caso do Haiti – e o Atlântico Sul, sobretudo o ocidental, teatro de seus interesses vitais, onde o Brasil precisa ter presença estratégica significativa. Fora desse teatro, é sensato aceitar que os interesses brasileiros sejam protegidos pela ordem internacional protagonizada por outros Estados, a que o Brasil aportaria o apoio viável e conveniente. Em suma: a agenda brasileira é global na economia, preocupações humanitárias e ambientais, mas na defesa é prioritariamente regional, embora a influência intrusiva da interdependência global exija atenção ao mundo em geral. Este artigo desenvolve o tema de acordo com essa premissa; além de seus parâmetros internacionais, ele aborda problemas internos que afetam a formulação de uma política de defesa adequada ao país. Continuar Lendo »

por Demétrio Magnoli

 

“A luta contra o terrorismo não pode ser encarada como incompatível com a promoção e o fortalecimento dos direitos humanos […]. Devemos garantir, em quaisquer circunstâncias, o respeito à legalidade. A detenção de indivíduos exige mandados de prisão e supõe processos regulares, universalmente aceitos.” Essas palavras foram pronunciadas pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva perante a conferência “Combatendo o Terrorismo em Prol da Humanidade”, promovida pela onu, em Nova York, a 22 de setembro de 2003. Lula indicava, com firmeza e serenidade, a posição crítica do Brasil diante das prisões indiscriminadas de “suspeitos” nos eua, no período seguinte aos atentados do 11 de setembro de 2001. Continuar Lendo »

por Rubens Barbosa

A projeção externa do Brasil cresceu e consolidou-se nos últimos quinze anos, com a natural ampliação de sua agenda externa, tanto econômica como política, e com uma atuação mais desinibida.
A crescente projeção externa do Brasil não seria possível sem a estabilização da economia e a continuidade da política econômica. Do ângulo político, ajudou também o fato de um candidato do Partido dos Trabalhadores (PT), percebido inicialmente como radical, ter sido eleito para a presidência do Brasil e ter-se revelado um moderado. Continuar Lendo »

por Marco Aurélio Garcia

No mundo em que vivemos, a política externa de um país não pode ser apenas um instrumento de projeção dos interesses nacionais na cena internacional. Ela é também, e talvez sobretudo, um elemento essencial do próprio projeto de desenvolvimento desse país.
O governo Lula definiu desde 2003 seus objetivos fundamentais:

  • a retomada do crescimento econômico, capaz de reverter a tendência de décadas de recessão ou crescimento medíocre;
  • a compatibilização desse crescimento com um processo de distribuição de renda, alicerçado Continuar Lendo »

por Eugênio Bucci

TV pública: o Brasil precisa disso? A resposta é sim, mas não é simples. Com uma freqüência desconcertante, alguns dos entusiastas da idéia invocam as justificativas mais estapafúrdias para defendê-la. Baseiam-se nos motivos errados, em argumentos que, se levados a sério, nos deveriam convencer a responder que não, o Brasil não precisa de nada disso. Diante de tais desencontros entre premissas e conclusões, o presente artigo vai começar exatamente por aí, pelas razões sem razão. Continuar Lendo »